Este Blog tem uma média de visitas de 80 pessoas por dia no entanto raramente as pessoas deixam um comentário. Desafio os visitantes do blog a escreverem a opinião acerca do que leram.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

GÉNESE DA SOBREDOTAÇÃO

O indivíduo sobredotado é alguém com a inteligência acima da média em uma ou algumas áreas. Os seguidores da Conscienciologia dizem que a sobredotação não reside apenas numa excepcional estrutura do cérebro. Os especialistas da ciência convencional defendem que a genética contribui com 50% para explicar este fenómeno. Supõem – se a existência de diversos genes envolvidos na formação das capacidades, talentos, habilidades e potencialidades. No entanto, uma suposição não é uma garantia para a ciência. A outra fatia probabilística, isto é, os restantes 50% responsáveis pela formação do génio seriam dadas pela relação do indivíduo com o meio.
A nível cerebral a sobredotação continua a ser um grande mistério. Aparentemente a estrutura neurológica destas crianças não apresenta diferenças em relação à dos indivíduos com uma inteligência mediana. As técnicas de imagiologia são pouco esclarecedoras e não evidenciam nenhuma área específica do cérebro que possa ser responsável pela sobredotação.
No entanto, recentemente uma equipa de neurologistas liderada por Philip Shaw, do Instituto Nacional de Saúde Mental, em Bethesda (em Maryland, Estados Unidos), concluíram que a inteligência pode estar mais relacionada com o desenvolvimento do cérebro na adolescência do que propriamente ao seu tamanho.
Numa experiência conduzida por Shaw compararam exames de ressonância magnética por imagens para demonstrar que o cérebro das crianças com QI elevado tem um padrão de desenvolvimento diferenciado. Foram acompanhadas 307 crianças e jovens entre 5 e 19 anos.
No início da investigação foram divididos em três grupos, segundo o desempenho que alcançaram no teste de QI: jovens com QI elevado (ou sobredotados), jovens com QI mediano e, por fim, os menos dotados.
Para acompanhar a evolução do estudo, a cada dois anos foi realizada uma nova ressonância magnética. Resultados: nas crianças com QI elevado, o córtex cerebral, a princípio, mostrou-se mais fino e, depois, engrossou rapidamente. O seu auge ocorreu entre os 11 e 12 anos, voltando a contrair-se de forma repentina na adolescência. Este padrão de desenvolvimento não condiz com o que em geral acontece. Em média, o córtex cerebral atinge a sua espessura máxima quando a criança chega aos 8 anos. O córtex, a camada mais externa do cérebro, é o centro de várias funções nervosas elaboradas como os movimentos voluntários.
Segundo os investigadores, as mudanças são subtis e ainda reservam alguns mistérios, pois nada explica o que leva uma criança a ter um córtex mais grosso ou mais fino. A experiência é mais uma a confirmar que, tratando-se de cérebro, tamanho não é o mais importante. Um órgão maior não significa necessariamente mais inteligência. O que importa mesmo é a sua organização interna e como ocorrem as conexões entre as áreas cerebrais.
O diferencial, no caso das sobredotações está na quantidade de conexões entre os neurónios. O cérebro humano possui cerca de 100 mil milhões de neurónios e quanto maior é o número de conexões, em diferentes áreas de especialização, maiores as possibilidades de associações originais de ideias.
Uma ou mais inteligências superdesenvolvidas, surgem do esforço da consciência que desejou aprender e experimentar, auto-formando-se. É fundamental superar a monodotação, ou seja, a inteligência ser demasiado desenvolvida em apenas uma área mas procurar desenvolver todas as restantes potencialidades pessoais tendo como objectivo a polivalência. Desta forma, desenvolvem –se novos hábitos de pensar, exercício da memória, desenvolvimento da atenção, procura da clareza na interpretação de informações e um estabelecimento do discernimento assente no raciocínio interpretativo e crítico. Neste contexto, defende – se também a filtração ou a triagem de informações e ideias que derivam destas mentes, num intuito de evitar a dispersão e a perda de tempo com informações inúteis.
Segundo a Paragenética, a especialidade que estuda a genética composta e integral da consciência, o psicossoma (corpo emocional extrafísico) e o mentalsoma (corpo mental, sede extrafísica da consciência) são os corpos que registram as experiências e fixam as características que influenciarão a nova genética desde o momento da formação do novo corpo. De acordo com a hipótese da Serialidade Existencial, o psicossoma e o mentalsoma são os mesmos ao longo das múltiplas vidas, carregando em si as capacidades, potencialidades e aprendizagens adquiridas.
O humor aguçado, o pensamento abstracto precoce, a curiosidade e a rapidez a assimilar, o vocabulário elaborado para a idade, o gosto por desafios, o poder de observação e persistência nos objectivos são algumas das características da personalidade sobredotada. O facto desta representar uma alta habilidade em certo contexto, não é um indicador de alta maturidade! Estes indivíduos tem, na maior parte das vezes, dificuldades de gerir as suas vivências. Estes devem ser alvo de uma constante atenção, carecem de cuidados afectivos e normalmente tem problemas no convívio social.

Sem comentários: